terça-feira, 31 de maio de 2011

Quando o amor acaba

De repente, o que era luz se faz sombra. A época do namoro, as delicadezas e olhares apaixonados dão lugar à amargura, à aridez dos dias.
E muita gente afirma: O amor acabou! 
Uma sentença que cai pesada sobre os ombros de quem ouve. O fim do amor talvez seja a mais triste notícia para um ser humano. Afinal, o amor move o Mundo e enche a vida de alegria.
Mas será que o amor acaba? Afinal, é um sentimento tão forte que ultrapassa a barreira dos relacionamentos pessoais e deságua nas relações sociais.
Onde há um grupamento humano há a necessidade de amor.
Amor de pais, de filhos, de amigos. Amor entre um homem e uma mulher. Que importa de que tipo é o amor?
Basta que ele exista para que seu perfume imediatamente transforme os ambientes, ilumine os olhos, torne o ar mais leve. 
E se é tão essencial o amor, por que o deixamos acabar? Por que permitimos que ele se amesquinhe e seja sufocado? 
É que nem sempre sabemos priorizar o que realmente é importante. Nem sempre sabemos cuidar das pessoas que mais amamos. 
Por vezes tratamos mal justamente aqueles a quem mais queremos bem. São nossos pais, irmãos, esposos e filhos... 
Eles deveriam ser nossa prioridade, mas parecem estar sempre em último lugar. Para eles deveríamos guardar os gestos de delicadeza, os afagos, as palavras gentis. 
Pior ainda é quando permitimos que os abismos e silêncios aconteçam em nossa casa. 
É como um câncer, que começa devagarzinho, vai se instalando e se torna incontrolável. 
E tudo começa porque deixamos de conversar, de trocar experiências, de compartilhar o espaço que chamamos lar. E assim vamos nos afastando dos seres amados. 
E ainda há a negligência. Deixamos de falar, de sorrir, de dar atenção aos de casa. 
Concentrados em pessoas com as quais temos contato meramente social, aos poucos substituímos o grupo familiar pelos amigos, colegas de trabalho e até por gente que acabamos de conhecer.
Assim vamos deixando a vida seguir. De repente, quando percebemos, o tempo passou, os filhos estão adultos, os irmãos casaram, os pais morreram ou estão idosos demais sequer para ter uma conversa divertida num fim de tarde. O trem da vida seguiu e nós nem o vimos passar. 
É quando chega o arrependimento, a saudade, a vontade de ficar junto mais um pouco. 
Nem sempre é preciso esperar: alguém que morre repentinamente, um acidente, uma doença inesperada e  percebemos, então, que desperdiçamos o tempo que estivemos ao lado daquela pessoa especial; daquele filho divertido; daquela mãe dedicada; daquele pai amoroso; daquele companheiro que estava bem ao lado, caminhando junto. 
Não. O amor não morre. Nós o deixamos murchar, apagar-se. É nosso desleixo, desatenção e preguiça que sufocam o amor.
Mas basta regar com cuidado, sorrisos e carinho, para que ele reviva, como planta ressequida, o amor bebe as palavras que lhe dirigimos e se reergue. 
O amor não morre nunca. Mesmo que acreditemos que ele está morto e enterrado, que desapareceu, ele apenas aguarda que um gesto de amor o faça reviver. 
Experimente! Olhe para as pessoas de sua família, para o seu amor, e lembre-se das belas coisas que viveram.
Não deixe que as más lembranças o contaminem. Focalize toda a sua atenção nos momentos mais felizes. 
Abrace, afague, sorria junto, diga o quanto os ama. 
E se, de repente, seu coração acelerar, seus olhos ficarem úmidos e uma indescritível sensação de felicidade tomar conta de você, não tenha dúvida: são os efeitos contagiantes e deliciosos do amor.

Redação do Momento Espírita.


6 comentários:

  1. Angela querida!
    Que coisa mais deliciosa chegar aqui e encontrar essa preciosidade de texto! Verdadeiro e profundo.
    Obrigada pelo presente.
    Bjos

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  2. Bom Dia Ângela!!!
    Depois de ler, esse maravilhoso texto,meu dia , seu dia, o dia de quem leu, vai ser realmente Perfeitinho!
    Querida deixa eu repassar lá no orkut?
    Bjos Carinhosos

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  3. Lindo Ãngela. Adorei!
    Sempre tenho o cuidado de ser o mais leve em qualquer crítica ou comentário com meu marido e ele idem.Penso antes de falar, pois o que é dito as vezes não é esquecido. É fácil ser simpática com quem não conhecemos. O difícil é ser com quem compartilha nossos dias. Até agora tem dado certo( nove anos)...hehehe.
    Beijocas no coração!

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  4. Lindo texto!!
    Infelizmente cada dia que passa as pessoas estão mais frias e distantes e os exemplos de casais que tenho a minha volta não são nada inspiradores, mais eu quis fazer a diferença e tenho um relacionamento ótimo com o meu marido e minha familia, é claro que temos os nossos problemas mais sempre deixo muito claro o quanto eles são importantes para mim.

    Parabéns pela escolha do texto.

    Beijos

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  5. Angela, viu? agora não tem mais inta só enta ahahaha querida, obrigada pelo "parabéns" adorei a visita bjs
    Carmen

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  6. Vdd Angela ... é uma plantinha ... tem que regar todo dia.

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Deixem comentarios que vou adorar...bjos

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